A DEUS TODOMUNDO
UMA IMORALIDADE DO NOSSO TEMPO
4 sábados, encontros e saudades - Sérgio Rocha.
Foram quatro sábados emocionantes, vimos mais que a língua portuguesa, vimos uma aglomeração de sentimentos, ousadia e pensamentos. As questões colocadas pelo professor Sérgio nas suas aulas, eram de nos fazer refletir sobre a sociedade atual. E enquanto refletíamos e escrevíamos sobre, ele como um maravilhoso mestre nos corrigia da maneira mais sutil e nos apontava o erro e explicava a forma correta.
Foi muito gratificante acordar cedo no dia de sábado e assistir a uma aula de produção textual, é verdade. Foi gratificante mesmo. Tão gratificante quanto está sendo escrever esse texto.
É tão incrível o poder de decifrar as pessoas, não precisa de muito não, só basta ser cauteloso no olhar e sensível com a vida. A sensibilidade e a cautela estão nas palavras, e quem domina as palavras, domina tudo. E foi isso que o professor Sérgio fez conosco, nos dominou com a sua sensibilidade e nos cativou com as palavras. Palavras, essas, que foram ditas, escritas e corrigidas durante quatro encontros.
Vou por um texto que foi mostrado pelo próprio professor, como uma forma de reflexão:
“Porque já não temos mais idade para,
dramaticamente, usarmos palavras
grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca".
Ninguém sabe como, mas aos poucos
fomos aprendendo sobre a continuidade
da vida, das pessoas e das coisas. Já não
tentamos o suicídio nem cometemos
gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não.
Contidamente continuamos. E substituímos
expressões fatais como "não resistirei" por
outras mais mansas, como "sei que vai passar".
Esse é o nosso jeito de continuar, o mais
eficiente e também o mais cômodo, porque
não implica em decisões, apenas em paciência.”
Agradecemos por esses encontros. Muita "merda" para você. Um "xêro" e um abraço.